Genilton Carvalho é a favor que território de bairros seja incorporado a Anápolis, resolvendo de vez impasse da chamada “terra do nem”

FERNANDA MORAIS
O presidente da Câmara Municipal de Silvânia, vereador Genilton Jorge de Carvalho (PTC), afirma que as autoridades da sua cidade estão atentas à situação do Residencial Daiana 1 e 2, embora os exemplos de desamparo sejam frequentes. O mais recente é a demora do SVO (Serviço de Verificação de Óbito) em recolher um corpo de uma pessoa que morreu em casa, de causas naturais.
O Daiana 1 e 2 estão localizados ao lado do Residencial Mounir Calixto, na saída para GO-330, em Anápolis, mas seu território faz parte do município de Silvânia, cujo o aglomerado urbano fica a 52 km de distância.
Essa questão territorial é motivo de dor de cabeça para população dos bairros que, mesmo estando mais próximo de Anápolis, dependem dos serviços públicos oferecidos pela Prefeitura de Silvânia.
A dificuldade é que em alguns casos, como a necessidade de apoio da Polícia Militar, por exemplo, os setores não podem ser atendidos pela corporação em Anápolis, já que não fazem parte da circunscrição da PM anapolina. O mesmo acontece com os serviços de saúde, educação e infraestrutura.
O presidente da Câmara de Silvânia garantiu que tanto o Legislativo quanto o Executivo têm conversado com os moradores do Daiana 1 e 2, e com o prefeito e vereadores de Anápolis, sobre a situação dos bairros. Mas segundo Genilton, nem todos os vereadores de Silvânia são favoráveis a ceder o território para Anápolis.
“Para que isso aconteça é necessário que o prefeito de Anápolis [Roberto Naves, do PP] e de Silvânia [José Faleiro, do PSDB] sejam favoráveis. Um a ceder e o outro a incorporar o Daiana 1 e 2 em Anápolis. Depois é feito projetos pelas Câmaras dos dois municípios para acertar qual área deverá ser modificada”, explicou.
Genilton Jorge aceitou que atualmente Silvânia não tem conseguido atender a população do Daiana com a prestação de serviços públicos essenciais. Para ele, o povo não pode ficar sem o respaldo do poder público, por isso o entrave deve ser resolvido.
“O Ministério Público de Silvânia também tem nos dado assessoria quanto ao problema. Mas o primeiro passo realmente é um acerto entre os poderes públicos, prefeitos e vereadores e até mesmo da Assembleia Legislativa. O deputado Amilton Filho [SD] também acompanha a discussão”, pontuou.
O presidente da Câmara Municipal de Silvânia disse ainda que Anápolis já absorve muitas demandas do Daiana 1 e 2. “A maioria das famílias ali talvez nunca tenha vindo a Silvânia. A conversa precisa ser feita para dar andamento no acerto. O principal ponto é acordar qual área deve ser cedida de um município ao outro”, finalizou Genilton, que é pré-candidato a prefeito de Silvânia. (Com informações da Rádio Manchester News).